[Manara, detalhe, trabalhado por midc]
Eu agora olho praquela região acima do peito, acima dos seios, acima do seu batimento cardíaco e onde seu respiro é mais suave. Parece uma planície imensa, lisa e aveludada, de uma cor que remete a campos férteis de trigo e a pomares de jambos. Eu agora deslizo meu olhar indiscreto e ingênuo para a vasta paisagem que descortino, como um menino na sombra de uma calçada vestida da fúcsia intensa das flores, na frescura da manhã, no arremedo da fome que acaricia minh’outra fome alimentada de incógnitas. Eu agora olho pros lábios frutificando versos, cintilando prosas, domesticando minhas oiças, bulindo a menina dos meus olhos, estrela que caiu sob o sol do meio-do-dia. Eu agora tento descobrir o que o vestido esconde. Eu sei o que o vestido esconde: sol varando nuvens, explosão, bigue bangue.
4 comentários:
Afe! Vai ser bom assim lá em casa...
PS.: pelamordedeus, isso é só uma licença poética.
Parabéns pelo seu espaço. Dá para aprender muitas histórias sobre a cidade do Natal...
Prosapoética. Das boas. Abraços.
Belo texto! òtimo blog!
Abraço.
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