[Dorothy Lamour em http://www.nndb.com/]
O blog, blogueiro, coluna, quinta coluna, enfim, o subscrito, recomenda ao despertar a audição de: Varal, faixa 5 de O Romance do Pavão Mysteriozo, Ednardo do pessoal do Ceará. 1974, BMG Brasil.
Procurem nas prateleiras empoeiradas, desarrumadas, desconjuntadas, cascavilhem nos sebos, baixem o santo náutico.
Ednardo, na rede, espiando a paisagem da janela. Esperando: se der o carneiro vamo’simbora pros rumos do rio de janeiro e nada, fevereiro e, sorte, fortuna e felicidade, pra província um pouco mais alargada, pras mentiras-sorrisos, pros sorrisos-choros, teu veneno blue viajando num trem do interior rumo ao abismo noturno, pros prumos de 73.
No varal a roupa ao vento
E no vento a voz da rua
E na rua o transitar
Gente apressada a passar
Na parede o calendário
No calendário outro dia
E no dia a mesma espera
De nada esperar um dia
No umbral da porta já torta
A sombra, o sombrio olhar
E no olhar coisas mortas
Que ninguém virá velar
O assovio, o assalto
O assunto a semana inteira
Na esquina, no bar, na feira
E a roupa no seu varal
E esse dia tão normal
Tão normal, tão normal
No umbral da porta já torta
A sombra, o sombrio olhar
E no olhar coisas mortas
Que ninguém virá velar
[Ednardo – Tânia Cabral]
10 comentários:
Depois conta aquela entrevista que você fez com ele...
Ei,
Tudo bem que você vai escrever pro JH, mas num abandone este pobre espaço, plíize.
Ah, e se recuse a comentar novelas hehehehehehehe.
bom, aos que não podem ouvir a música, eis o caminho pra baixar a discografia completa do homem:
http://sombarato.blogspot.com/search/label/Ednardo
sei não, lex-sex-sed-lex: estou partindo do mundo solitário dos blogs para o glamorous world do jornalismo local, com todo seu poder de fascínio pautado na grana, sucesso e mulheres - a propósito, vale mal de novela, não, mermão! se nosso maior crítico cinematográfico fala, por q não eu, a-ha, por q não eu...
lex, deixe de frescura que eu não troco nenhuma novela de gilberto braga por 80% dos filmes nacionais, rs.
mas é triste o que Ednardo canta, de Fausto Nilo, sobre a moça do retrato...
a primeira coca-cola é sempre triste, athe, ou de 'sabor azul estranho', q nunca mais será o mesmo, especialmente quando o perdemos...
adoro dorothy lamour...
e, mudando de assunto, aproveito o comentário pra desejar feliz natal.
lissa
... embora o assunto não muda: ou é dorothy ou é lamour - feliz natal p vc também, lissa, e p todo mundo, seja lá o q isso signifique, mas, enfim, com toda a boa vontade e sinceridade...
mas vou te contar, o estranhamento diante da primeira coca-cola não é de todo surreal. eu que cresci ainda no sertão de crise de gargata curada com lambedor e guaraná antartica, acho bem palpável. e lírico, diria, rs.
Postar um comentário