[Giovanna Casotto, detalhe]
ANDO NAMORANDO UM RAPAZINHO
Ele é uma mocinha, o meu rapazinho...
Sente frio por qualquer coisa,
chora quando vê incêndio,
podia ser aeromoça,
mas tem seios pequeninos
e odeia executivos.
Ele é uma dona-de-casa, toda fagueira,
lava e passa, pinta e borda, o meu rapazinho.
Entrei total na dele, larguei até o trabalho.
Agora, o dia inteiro, só cozinho...
[Baby The Billy é Claufe Rodrigues, “ANDO NAMORANDO UM RAPAZINHO” in O livro dos camaleões. Rio de Janeiro: Anima, 1985]
Sente frio por qualquer coisa,
chora quando vê incêndio,
podia ser aeromoça,
mas tem seios pequeninos
e odeia executivos.
Ele é uma dona-de-casa, toda fagueira,
lava e passa, pinta e borda, o meu rapazinho.
Entrei total na dele, larguei até o trabalho.
Agora, o dia inteiro, só cozinho...
[Baby The Billy é Claufe Rodrigues, “ANDO NAMORANDO UM RAPAZINHO” in O livro dos camaleões. Rio de Janeiro: Anima, 1985]
5 comentários:
nunca mais tinha ouvido falar dele, claufe rodrigues. vi, uma vez, um recital dos camaleões (ele, pedro bial e luiz petry, se não me engano) num bar do rio, o botanic, acho que no ano que saiu esse livro. muito tempo atrás...
quem é vivo sempre aparece, lissa!
são eles mesmos: claufe rodrigues (baby the billy), luiz petry (patrick jack), e (p quem não possa imaginar) o repórter-gato pedro bial (peter pane), antes do olho terrível e global do bbb...
o livro dos camaleões é uma das preciosidades menores q guardo comigo desde 86 - muita gente "de hoje" deveria ler...
pois é, é uma pena o repórter-gato ter se perdido nos bbb da vida...eles eram bons, sim.
e quase não comento, mas sempre passo por aqui, pra te ler.
Depois do nosso apartheid, rs... entre muitos objetos diretos e indiretos, esse seu livro é um dos que sempre penso... Ele me faz falta e foi bom rever uma parte dele aqui... citado, excitado...
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