terça-feira, 4 de março de 2008

Uma mulher no espelho


[Fernanda Takai mira-se em Fernanda Takai: alguns enxergam Nara, mas é Takai jogando olhares pra Takai, mesmo - Foto de Fabiana Figueiredo e Pierre Devin]





Nunca fui muito com a cara de Fernanda Takai.

Sempre achei meio ridículo e bobo o tal do Pato Fu, a começar do batismo.

Nunca acreditei muito no jeito swingin’ london brejeiro da moça – a qualquer hora parecia que ela poderia sacar do bolso um fiapo de capim e começar a mascá-lo enquanto soltava aquelas lacônicas expressões que estereotipam a roça das Geraes.

Sempre achei que era uma forçação de barra tentar levar as pedras geométricas de Copacabana para as ladeiras infinitas de Beagá.

Recém-converso ao Takaismo (não praticante), não renego nada do que pensei.

Apenas ouço e ouço Onde brilhem os olhos seus.

E ouço e ouço.





5 comentários:

Moacy Cirne disse...

Fernanda Takai?

Anônimo disse...

embora não tivesse restrições à moça ou ao grupo, não era exatamente uma fã. mas agora também estou ouvindo e ouvindo e ouvindo. achei muito bom.

midc disse...

moacy: o benefício da (sua) dúvida é sinal de q você pode ser conversível.
lissa: ouça e ouça.

Mme. S. disse...

desculpe o pedantismo heliodoriano, mas nunca e ouvi e não gostei. prefiro o brilho dos olhos do mário ivo mesmo...

Rodrigo Levino disse...

eu ouço desde o primeiro disco do pato fu. então esse disco de fernanda so coroou meu gosto pela banda e por ela. sheyloca, se eu fosse você ouviria, pelo pouco que sei, acho que vais gostar, rs. é um espanador na velharia da bossa, que ou se renova ou vai ficar para sempre enclausurada em elevadores e consultórios.