A felicidade é um revólver quente.
O cano ainda fumegante.
O dedo ainda no gatilho.
A mão ainda na coxa.
Teu dedo em minha nuca.
Minha boca em tua língua.
A felicidade é um cão dobrando a esquina.
Longe das árvores.
Sob a sombra das copas.
A felicidade é um negócio ruim.
Quando bate, queima.
Quando fisga, morde.
Quando morde, rasga.
A felicidade é um cão dobrando a esquina.
Mas a felicidade do cão não é a mesma da esquina.
Um troço ruim.
Quando vem, machuca.
Quando queima, arde.
Quando arde, esquece de assoprar.
A felicidade.
Eu pensava que a felicidade fosse apenas um revólver sem balas.
Eu pensava.
Longe de mim, teu corpo fenece.
3 comentários:
Oi, há um texto seu no Balaio. Abraços.
Poema pra deixar a gente com gosto de poesia na boca. Em palavras mais singelas: bomdemais!!!
todo poema é uma colagem...
do que està na mente de quem l^e... (maldito teclado!)
gostei de te conhecer.
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