Dias se sucedem,
semanas se suc semanas se sucedem,
torvelinham,
num galop num galope célere;
como se cavalgássemos
sobre um tempo de so sobre um tempo de aço
voando
– olhos – olhos abertos –
pelo espaço pelo espaço pelo espaço.
Assim a vida,
ela nos atra ela nos atravessa –
o ouvido zoa,
o coração di o coração dispara,
como
se qu se quisesse
saltar para salta r saltar para
fora,
fora – é só o que lhe resta!
Se alguém
Se alguém tenta detê-lo,
Se alguém tenta detê-lo ele se altera:
toca a rebate,
toca a rebate dá por paus e pedras!
E quantas vezes
E quantas vezes o coração
E quantas vezes o coração explode
e não se ouve
e não se ouve a explosão
e não se ouve a explosão que o sacode.
[Nicolai Assiéiev, Coração batendo sem que se ouça, tradução de Haroldo de Campos, in Poesia russa moderna, São Paulo: Perspectiva, 2001]
Um comentário:
e como dói quando se encolhe. a alegria tá na cara.
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