terça-feira, 1 de julho de 2008

No cabaré: A puta e o anarquista – Momentos depois


[De Blade Runner]

– É melhor que não procuremos razões. O senhor parece, de fato, um escritor. Isso não é incômodo? Os escritores são como o senhor. Primeiro manifestam compaixão, depois se irritam quando a pessoa não se ajoelha diante deles como se fossem Deus. São exigentes.

– Mas como é possível que conheça os escritores? A senhora não lê nada.

– Tem um que costuma vir aqui.

[Roberto Arlt, Luba, in Ricardo Piglia, Nome falso, tradução de Heloisa Jahn, São Paulo: Iluminuras, 1988]

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