Diz-me onde nasceste e eu te direi quem és

Acompanhando a cobertura da morte de Antonioni, na semana que passou, o que surpreendeu (ao menos ao subscrito) não foram as declarações e elogios do presidente da república Giorgio Napolitano, do chefe do governo Romano Prodi e do ministro da cultura Francesco Rutelli, lamentando a perda de Antonioni: são todos italianos, pois.

O que chamou atenção, mesmo, foi ler, entre as inúmeras declarações, a do presidente da França, Nicolas Sarkozy: "Era o último gigante do cinema italiano".

Não pela declaração em si, mas por um presidente de um país estrangeiro se dar ao trabalho de elogiar a morte de um ícone do cinema.

Sem querer ser leviano, nem postar-me, absolutamente, ao lado das antas cansadas, alguém acredita que algo semelhante possa acontecer no Brasil?