segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Nascer e morrer em agosto
Agosto não é o mês dos anos de um único poeta potiguar.
Já no dia primeiro, em 1888, nasce João Lins Caldas, em Goianinha.
A folhinha do 6 de agosto (de 1894) fica para a natalense Palmyra Wanderley, aquela mesma, que escreveu os famosos (!) versos da “Pitangueira”:
Termina agosto. A pitangueira flora,
A umbela verde cobre-se de alvura.
E antes que de setembro finde a aurora,
enrubesce a pitanga, está madura.
Em 16 de agosto de 1908, nasce Esmeraldo Siqueira, em 22 de agosto de 1887, Jorge Fernandes, em 30 de agosto de 1831, o primeiro romancista do Rio Grande do Norte, Luiz Carlos Wanderley, e, pra não dizer que não falei dos moços – nem tão moços assim – no dia 25, safra 1960, os poetas Celso da Silveira e Myriam Coeli dão a luz a mais um poeta potiguar, Eli Celso, que, por via das dúvidas, formou-se em Física e Matemática, tem mestrado e doutorado.
Em compensação, em agosto morrem Eulício Farias de Lacerda, Walflan de Queiroz e Adelle de Oliveira (nos dias 11, 13 e 15, respectivamente).
E, na manhã do 27 de agosto de 1847, Valentim Ferreira Barbosa, 25 anos, “pardo”, condenado à morte, foi fuzilado, na falta de quem o enforcasse.
Não era poeta, mas bem poderia ser.
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