sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Roleta Russa


ou
La commare secca
ou
A noite
ou
Rios Vermelhos


CELSO MARCONI: "... saímos os quatro, do cine São Luiz, e caminhamos, em silêncio, acompanhando a margem do Capibaribe. Alguém jogou uma pedrinha na água, formaram-se aqueles círculos oleosos, e Marcius Frederico começou a gritar, gritar... Ao improviso, tentou o salto para a morte."

JOMARD MUNIZ DE BRITO: "... saímos os quatro, do cine São Luiz, e caminhamos, em silêncio, acompanhando a margem do Capibaribe. Foi aí que Moacy Cirne começou a correr desembestado em direção ao rio. Era claro que seus intuitos eram suicidas: com muito custo conseguimos agarrá-lo."

MARCIUS FREDERICO: "... saímos os quatro, do cine São Luiz, e caminhamos, em silêncio, acompanhando a margem do Capibaribe. Foi na noite em que Jomard desafiou a morte com gestos tresloucados."

MOACY CIRNE: "... saímos os quatro, do cine São Luiz, e caminhamos, em silêncio, acompanhando a margem do Capibaribe. Nas imagens dos meus alumbramentos me recordo apenas de Celso Marconi sussurrando ao pé do ouvido das águas encarnadas: 'Quero morrer, quero morrer...'”

[Livremente inspirado em Moacy Cirne, Cinema, cinema – os filmes dos meus sonhos. Natal: Sebo Vermelho, 2003]

[meras coincidências não existem]



Um comentário:

Moacy Cirne disse...

Puxa, cara, sou suspeito pra dizer alguma coisa. Mas gostei de sua versão de uma noite recifense, nos idos de 1963. Abração.